No passado dia 20 de maio, a Agência Lusa fez notícia sobre a 1ª solta de Valência del Cid 2016. Fica aqui o trabalho jornalístico.
Coimbra, Portugal 20/05/2016 10:05 (LUSA)
Coimbra, 20 mai (Lusa) – A primeira prova dos Campeonatos da Especialidade de Fundo da Federação Portuguesa de Columbofilia decorre no sábado com uma largada em Valência, Espanha, de 51 mil pombos, que vão percorrer nesse dia 600 a 800 quilómetros.
Aquela que é a “prova rainha” da columbofilia nacional envolve 51 mil pombos, 14 associações regionais, centenas de clubes e dez camiões TIR para o transporte dos pombos-correio para Valência, em Espanha, transformando-a numa das maiores soltas na Europa, disse à agência Lusa o coordenador da área desportiva da federação, Almerindo Mota.
Esta é a primeira de duas provas (a outra decorre a 18 de junho) para apurar o melhor pombo nacional e o melhor columbófilo.
A acompanhar a prova estarão “espanhóis, belgas, holandeses e alemães para perceber o que se passa na columbofilia em Portugal” que, de acordo com Almerindo Mota, “está muito bem projetada”.
Nos últimos anos, Portugal conseguiu ter um pombo campeão europeu e um campeão olímpico, que foi “vendido para a China por 21 mil euros”, sublinhou o membro da Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC), instituição com sede em Coimbra, realçando que já vários “pombos portugueses foram vendidos por valores semelhantes ou superiores”, numa prática que “envolve exportação e algum dinheiro”.
“É como a criação de cavalos. Há que ter uma linha de pombos e cultivá-la e apurá-la para que nestas e noutras provas possam fazer a diferença”, explanou.
Segundo Almerindo Mota, o pombo faz uma “média de 72 quilómetros por hora”, voando por norma a cem metros de altura, “sem parar” entre o local da solta e o seu pombal, esperando-se que os primeiros cheguem a Portugal passado dez horas.
As maiores barreiras com que estas aves se deparam pelo caminho “são aves de rapina, postos de alta tensão e cabos”, sendo que também as condições atmosféricas afetam a sua probabilidade de regressar “a casa”.
No entanto, “o pombo tem uma resistência enorme e, se as condições atmosféricas estiverem boas, perde-se uma minoria”, sublinhou o responsável da FPC.
Em princípio, se as condições estiverem favoráveis, os pombos serão largados por volta das 06:00.
Visto que as distâncias percorridas variam consoante a localização de cada pombal, o melhor pombo é determinado pela média de metros percorridos por minuto durante o voo.
Na segunda prova, em junho, determina-se o melhor pombo das duas provas e o melhor columbófilo.
Com a meta a ser o pombal, haverá no sábado “8.500 famílias” a “olhar para o ar”, à espera de ver os seus pombos-correio chegar.
“É uma adrenalina estar à espera do pombo, em que ninguém sabe quem está em primeiro ou em último, e depois é uma emoção quando os vemos chegar”, frisou.
JYGA // SSS – Lusa/Fim
Nota: A notícia foi publicada sem fotografia. A imagem que acompanha esta publicação é da FPC.