FPC colabora com a Campanha do Laço Azul contra os maus tratos infantis

Coimbra foi uma das cidades que acolheu, durante todo o mês de abril, a Campanha do Laço Azul. A iniciativa, que esteve inserida na 7ª edição da campanha de prevenção contra os maus tratos a crianças e jovens, foi promovida pela Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (CRSMCA) da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC). O encerramento da campanha de prevenção e sensibilização contou com uma caminhada solidária, que teve uma largada de pombos-correio, junto ao Largo da Portagem. 42 “atletas” voaram perante os olhares dos participantes, numa atividade que esteve a cargo da Federação Portuguesa de Columbofilia (FPC) e do Grupo Columbófilo de Coimbra (GCC), que, mais uma vez, se associaram à Campanha do Laço Azul.

Com o mote “maus tratos a crianças e jovens: Silêncio?Não!”, a caminhada solidária, que teve início na manhã deste sábado, 29 de abril, às 10h00, junto à sede da  ARSC em Coimbra, situada na Alameda Júlio Henriques, contou com presença de 120 pessoas, que percorreram os 2,9 quilómetros do trajeto. O Laço Azul, principal símbolo da campanha, foi visto em diversas vias “centrais” da cidade conimbricense, com destaque para a Praça da Republica, a Avenida Sá da Bandeira ou a Rua Ferreira Borges, com a iniciativa a terminar no Parque Verde do Mondego.

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Iniciada em 1989, na Virgínia, nos Estados Unidos da América (EUA), a Campanha do Laço Azul-nome original Blue Ribbon- foi iniciada por uma avó, Bonnie Finney, que decidiu, em homenagem aos seus netos, colocar uma fita azul amarrada à antena do seu carro. A Fita Azul servia para lhe relembrar as nódoas negras das agressões de que os netos eram vítimas -o neto faleceu devido a maus tratos e a neta também era alvo de agressões. O azul, que simboliza assim a cor das lesões, era “um lembrete contínuo para a sua luta na proteção de crianças e jovens contra os maus-tratos”, revelou o representante da CRSMCA e um dos elementos da organização, José Órfão. A campanha do Laço Azul acabou por se difundir por mais países, criando o Movimento do Laço Azul. Em Portugal, desde 2008, que o mês de abril foi decretado, pela Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR), como o “Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância”.

No final da caminhada solidária, que encerrou mais um mês de ações contra os maus tratos infantis, “o balanço é positivo, sobretudo pela adesão das pessoas”, destacou José Órfão. Este ano a Comissão Regional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (CRSMCA) promoveu, no passado dia 21 de abril, um seminário, subordinado ao tema “Crianças e jovens em risco: Prevenção em Ação”. A atividade decorreu no auditório do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, tendo contado com cerca de 200 pessoas. Esta comissão é uma unidade coordenadora funcional inter-hospitalar da ARSC e trabalha com Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco. José Órfão destaca que a CRSMCA elabora “uma fotografia do que se passa ao nível da região”. Na região de Coimbra existem 87 Núcleos que, “entre outras funções, são responsáveis por fazer a deteção de um caso”, esclareceu responsável. O número de casos de maus tratos sinalizados “tem aumentado”, sublinhou José Órfão.

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A iniciativa contou com uma largada simbólica de pombos-correio junto ao Largo da Portagem. Os 42 “atletas” presentes fazem parte da colónia do columbófilo do Grupo Columbófilo de Coimbra, João Soares. José Órfão destacou o apoio da FPC e do GCC, representado por João Soares, “sabemos que estão sempre prontos para apoiar esta causa e estamos muito gratos por mais uma vez terem colaborado connosco”. O responsável espera que “a proteção e o respeito pelas crianças aumente”, porque “só assim é possível ter uma sociedade melhor”.

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A Campanha do Laço Azul decorreu em diversas cidades portuguesas. Em Coimbra, para além da FPC, o evento contou com diversos parceiros, entre eles, a Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, a Câmara Municipal de Coimbra, a Cáritas Diocesana de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra ou a Casa dos Pobres de Coimbra.